Quando a gente conversa / contando casos, besteiras / Tanta coisa em comum / deixando escapar segredos / E eu nem sei que hora dizer, me dá um medo
E até o tempo passa arrastado / só pra eu ficar do teu lado / você me chora dores de um outro amor / se abre e acaba comigo / E nessa novela eu não quero ser teu amigo
Eu já não sei se eu tô misturando / ah, eu perco o sono! / Lembrando em cada riso teu qualquer bandeira / Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira
É que eu preciso dizer que te amo/ te ganhar ou perder sem engano / É que eu preciso dizer que te amo, tanto.
Como proceder diante de uma situação inusitada e deveras inédita? Relacionamentos não acompanham manual, e ainda se os mesmos existissem, eu como uma boa revolucionária seria a primeira a prender-lhes fogo. Não gosto de jogos, não sigo as regras e provavelmente não sou a mulher perfeita pra você. Entenda por quê:
Frequento estádios de futebol, falo palavrão, gosto de ouvir música alta e dançar na sala, sem ritmo, xacoalhando os braços e as pernas. De vez em quando esqueço de fazer as unhas, passo o dia inteiro fora de casa, ando de ônibus, não ganho carona do meu pai e caminho afú. Leio histórias em quadrinhos, gosto de poesia e música popular brasileira. Sou fã do Raul, da Janis e do Jim (exaaaatamente! Sim, meus heróis morreram de overdose), detesto modinhas, tenho minhas próprias leis e fujo do que é comum. Sou nerd, não vivo sem leituras, gosto de política e filosofia e não tenho problemas em passar o final de semana estudando. Faço terapia uma vez por semana, mas não tenho problemas psíquicos graves. Amo ciência, animais, plantas, natureza, células, bactérias e protozoários. Acredito que a complexidade dos vírus, muitas vezes, supera a de muitas pessoas. Não tenho frescuras, mas sou delicada quando me convém. Sou carente e me entrego fácil demais, rápido demais e depois enjoo demais. Baladas não me atraem, prefiro uma sinuca com meia dúzia de amigos, um som e umas bebidinhas. Não cultuo a minha forma, passo longe do padrão de beleza, porém nunca tive nenhuma cárie mesmo comendo qualquer coisa e em grande quantidade. Preciso da minha familia pra tudo, sinto falta dos meus irmãos e da minha adolescência (pausa dramática: não acreditooo que finalmente estou deixando de me intitular "a adolescente" e assumindo "a jovem adulta" rá). Nunca levarei uma vida pacata, pois amenidades não me atraem. Sou do tipo que assume a frente das situações, não tenho -nenhuma- vergonha de falar em público, nem de conhecer gente, nem de pagar vale e nem de nada. Não construo minha personalidade baseada na opinião dos outros, embora acredite muito no valor das palavras e constantemente mude meus julgamentos de acordo com algo que ouvi e concordei. Já tive problemas graves, mas nunca deixei de sorrir. Dou risada por qualquer motivo, defendo meus ideais e tive que lutar muito por tudo que eu tenho hoje (não é muita coisa, mas foi batalhado haha). Nunca ganhei nada "de bandeja", e me orgulho demais disso. O que sou hoje nada tem a ver com o que fui, ou com o que serei daqui há um ano. Falo sozinha, comento coisas sem sentido que geralmente só eu vejo. Vivo apaixonada pela vida. Me sinto bem fazendo mil coisas ao mesmo tempo, ainda que sejam chatas e que eu esteja com sono. Gosto de escrever, de fazer carinho em animais de rua, de tomar chimarrão na beira do rio e fazer outras coisas politicamente incorretas. Tudo o que a maioria das mulheres não gosta me atrai, menos mulheres. Sou uma eco chata, não levo desaforo pra casa, falo antes de pensar, e digo mesmo. Tenho pouca tpm, embora chore por qualquer coisa. Pouquíssimas pessoas conhecem o que há por trás da tão alegre e engraçada roots. Talvez seja só mais um pouco de alegria e felicidade quase paranóica, afinal nem a Larissa sabe. Constantemente tento controlar minhas emoções, afinal, o mundo não está acustumado com tanta intensidade e muito menos com mulheres independentes.
Apesar da efusiva anormalidade, qualquer migalha me faz feliz.
Um comentário:
quem dera se eu conseguisse ser assim.
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