PERIPÉCIAS DE UMA MENTE INSANA

Eu sei que esse é só mais blog, dentre milhares que existem por aí. Com certeza ele não é o mais interessante, muito menos o mais bem feito e bem escrito. Eu sei também que ele é escrito por uma pessoa comum, como milhões que estão espalhadas nesse planeta. Sinceramente, não vejo nenhum motivo forte que possa convencê-lo a ler esse blog. Talvez quando eu descobrir, eu te conto.

domingo, 28 de março de 2010

Desilusão... danço eu, dança você na dança da solidão

Guardo tudo dentro de mim. Minhas tristezas, meu choro, minhas dúvidas e vontades secretas. Mantenho-os escondidos, embaixo de camadas de bom humor e auto-confiança. Enquanto a escuridão assola meus pensamentos, as piadinhas afloram, em um humor ácido e inteligente. Posso beirar à depressão sem que ninguém desconfie, se assim for o meu desejo. Não encontro motivo plausível para dividir minhas coisas com você. Pelo menos não essas coisas, tão íntimas e doloridas, que apenas o meu inconsciente é capaz de personificar. E supotar.

Quase ninguém me escuta. Quando prestam atenção, prendem-se apenas no superficial, pois este é sempre agradável ao convívio. O que os preocupa, realmente, é falar de si próprios. Em última análise, devo ser considerada uma ótima ouvinte! Porém, na minha cabeça, não são as palavras alheias que martelam. Muitas vezes, as frases que ouço ficam desconexas, pois há muito me foi consumida a energia para interagir. A desilusão me consome. A falta não sei de quê me devora, como se fosse impossível continuar vivendo sem possuir o que talvez nunca venha a conhecer. A solidão me acompanha, ainda que a casa esteja cheia.

Cansei de fingir, cansei de tentar, cansei de almejar o que não vem. E mesmo tentando me convencer de maneira árdua, que não compreendo o motivo de tanta angústia, é só fechar os olhos para que ele cresça dentro de mim. Como um monstro adormecido, o passado toma forma, reaviva lembranças e ressucita o que luto para permanecer enterrado.