PERIPÉCIAS DE UMA MENTE INSANA

Eu sei que esse é só mais blog, dentre milhares que existem por aí. Com certeza ele não é o mais interessante, muito menos o mais bem feito e bem escrito. Eu sei também que ele é escrito por uma pessoa comum, como milhões que estão espalhadas nesse planeta. Sinceramente, não vejo nenhum motivo forte que possa convencê-lo a ler esse blog. Talvez quando eu descobrir, eu te conto.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mais uma dose? É claro que eu tô afim!

amo essa imagem!


Quando a gente conversa / contando casos, besteiras / Tanta coisa em comum / deixando escapar segredos / E eu nem sei que hora dizer, me dá um medo

E até o tempo passa arrastado / só pra eu ficar do teu lado / você me chora dores de um outro amor / se abre e acaba comigo / E nessa novela eu não quero ser teu amigo

Eu já não sei se eu tô misturando / ah, eu perco o sono! / Lembrando em cada riso teu qualquer bandeira / Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira


É que eu preciso dizer que te amo/ te ganhar ou perder sem engano / É que eu preciso dizer que te amo, tanto.



Como proceder diante de uma situação inusitada e deveras inédita? Relacionamentos não acompanham manual, e ainda se os mesmos existissem, eu como uma boa revolucionária seria a primeira a prender-lhes fogo. Não gosto de jogos, não sigo as regras e provavelmente não sou a mulher perfeita pra você. Entenda por quê:

Frequento
estádios de futebol, falo palavrão, gosto de ouvir música alta e dançar na sala, sem ritmo, xacoalhando os braços e as pernas. De vez em quando esqueço de fazer as unhas, passo o dia inteiro fora de casa, ando de ônibus, não ganho carona do meu pai e caminho afú. Leio histórias em quadrinhos, gosto de poesia e música popular brasileira. Sou fã do Raul, da Janis e do Jim (exaaaatamente! Sim, meus heróis morreram de overdose), detesto modinhas, tenho minhas próprias leis e fujo do que é comum. Sou nerd, não vivo sem leituras, gosto de política e filosofia e não tenho problemas em passar o final de semana estudando. Faço terapia uma vez por semana, mas não tenho problemas psíquicos graves. Amo ciência, animais, plantas, natureza, células, bactérias e protozoários. Acredito que a complexidade dos vírus, muitas vezes, supera a de muitas pessoas. Não tenho frescuras, mas sou delicada quando me convém. Sou carente e me entrego fácil demais, rápido demais e depois enjoo demais. Baladas não me atraem, prefiro uma sinuca com meia dúzia de amigos, um som e umas bebidinhas. Não cultuo a minha forma, passo longe do padrão de beleza, porém nunca tive nenhuma cárie mesmo comendo qualquer coisa e em grande quantidade. Preciso da minha familia pra tudo, sinto falta dos meus irmãos e da minha adolescência (pausa dramática: não acreditooo que finalmente estou deixando de me intitular "a adolescente" e assumindo "a jovem adulta" rá). Nunca levarei uma vida pacata, pois amenidades não me atraem. Sou do tipo que assume a frente das situações, não tenho -nenhuma- vergonha de falar em público, nem de conhecer gente, nem de pagar vale e nem de nada. Não construo minha personalidade baseada na opinião dos outros, embora acredite muito no valor das palavras e constantemente mude meus julgamentos de acordo com algo que ouvi e concordei. Já tive problemas graves, mas nunca deixei de sorrir. Dou risada por qualquer motivo, defendo meus ideais e tive que lutar muito por tudo que eu tenho hoje (não é muita coisa, mas foi batalhado haha). Nunca ganhei nada "de bandeja", e me orgulho demais disso. O que sou hoje nada tem a ver com o que fui, ou com o que serei daqui há um ano. Falo sozinha, comento coisas sem sentido que geralmente só eu vejo. Vivo apaixonada pela vida. Me sinto bem fazendo mil coisas ao mesmo tempo, ainda que sejam chatas e que eu esteja com sono. Gosto de escrever, de fazer carinho em animais de rua, de tomar chimarrão na beira do rio e fazer outras coisas politicamente incorretas. Tudo o que a maioria das mulheres não gosta me atrai, menos mulheres. Sou uma eco chata, não levo desaforo pra casa, falo antes de pensar, e digo mesmo. Tenho pouca tpm, embora chore por qualquer coisa. Pouquíssimas pessoas conhecem o que há por trás da tão alegre e engraçada roots. Talvez seja só mais um pouco de alegria e felicidade quase paranóica, afinal nem a Larissa sabe. Constantemente tento controlar minhas emoções, afinal, o mundo não está acustumado com tanta intensidade e muito menos com mulheres independentes.

Apesar da efusiva anormalidade, qualquer migalha me faz feliz.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Sempre esqueço que esse blog é de 'domínio público' e que eu tô me ferrando expondo a minha insanidade aqui. O bom é que eu sempre fui boa pra enfeitar, e isso dá uma certa credibilidade pro blog e tals, um status de tchãnãnãm, essa mina é escritora :O, respeitável, o blog da loka é quase um best seller haha... não importa o tamanho do besteirol publicado aqui, sempre vai ter um curioso(a) pra ler, rir, concordar ou achar uma merda.


Eitaaaa! Tava louca pra vir descarregar minhas energias aqui!! É lastimável que as atribulações cotidianas me deixem afastada das pequenas e verdadeiras coisas que me fazem feliz! Escrever me faz feliz! Muito mesmo. Alivia a pressão e, consequentemente, acalma meu ego, esse que ultimamente anda extremamente turbulento.


Entre tantos qustionamentos internos, concentrações de soluções, vidrarias e uma cambada de ligação fosfodiéster e glicosídica (sem falar na Eugenia), ainda consigui arranjar tempo e energia pra me dedicar a mais um dilema! E esse é um daqueles profundos, beeeem complicados. Bad master.

Começo a perceber que a tentativa de manter-me no controle da situação é absolutamente impossível, se não inútil. Essa observação pode levar a inúmeras interpretações, portanto, deixo claro o seguinte pressuposto: é mais fácil acreditar que uma pedra tenha sentimentos, a acreditar na sinceridade de um homem.

Entretanto, por mais ciente que eu esteja perante a situação e as minhas convicções, a bandida da teimosia (que essa criatura que lhes escreve possui em demasia) sempre vence. É aquela história de ãnnn... dessa vez vai ser diferente! Ele parece estar falando a verdade... ou até mesmo uma paixonite aguda, fundamentada numa birra sem propósito, tão comum de uma roots.

Engano a mim mesma, sempre. Fato.
Sou apaixonada por paixões. Fato.
Paixões duram o tempo suficiente pra que possamos nos divertir um pouco. Justo.
Acredito em tudo o que me dizem, em vida após a morte, e que um dia encontrarei uma paixão duradoura, minha alma gêmea. Sonho.
Serei uma cientista renomada. Próximo
Ganharei um prêmio Nobel. Distante.
Nunca me senti verdadeiramente livre. Dúvida.
Tenho um monte de ideias na cabeça, pouco tempo pra colocá-las em prática e mais uma infinidade de ideias pra descobrir. Fato.
Meu blog é uma merda. Fato.


sábado, 3 de outubro de 2009



O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.


E os que leem o que escreve,


Na dor lida sentem bem

Não as duas que ele teve,

Mas só as que ele não tem.


E assim, nas calhas de roda


Gira, a entreter da razão,

Esse comboio de corda

Que se chama o coração.

Fernando Pessoa - Autopsicografia





Em síntese, me sinto uma fingidora.