PERIPÉCIAS DE UMA MENTE INSANA

Eu sei que esse é só mais blog, dentre milhares que existem por aí. Com certeza ele não é o mais interessante, muito menos o mais bem feito e bem escrito. Eu sei também que ele é escrito por uma pessoa comum, como milhões que estão espalhadas nesse planeta. Sinceramente, não vejo nenhum motivo forte que possa convencê-lo a ler esse blog. Talvez quando eu descobrir, eu te conto.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

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" -Te peguei! - ele riu. Ela ficou tão irritada que o empurrou. Ele perdeu o equilíbrio, agarrando-se a ela e a levando para baixo com ele. Ambos caíram e o ar dos seus pulmões fora arrancado com intensidade quando bateram no chão. Permaneceram ali, ofegantes, até que um deles finalmente riu. Então, não conseguiram parar de rir. Eles riram e riram, rolando na grama. Ela nunca se sentiu tão feliz. " Branca de Neve e o Caçador

segunda-feira, 26 de março de 2012

devaneios

Juro que um dia, em prol da minha saúde mental, deixo de te dar tanta importância.


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E admitir pro mundo que não deu certo... às vezes me pergunto se essa não é a parte que dói mais. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

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Saudade é a palavra mais triste que inventaram, significa que algo muito precioso está fora do alcance das suas mãos, mas está tão perto do coração que o aperta e o faz ficar pequeno. Aí inventaram a palavra amor, que é a palavra mais linda do mundo, que enche a boca de sorrisos quando você sente saudade.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011



Respirar enfim, um momento só pra mim e deixar a vida acontecer...
Não há inspiração. A dúvida me consome.

Perdeu-se  aquela vontade de descobrir tudo que era importante pro outro. Ao menos disso eu tenho certeza.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Segue a vida.

De que valem os ouvidos se não houver atenção
De que valem os olhos sem as paisagens
De que vale o vento sem uma direção
Pensar na ida sem a viagem
De que vale o amor sem alguém pra amar
Falar em Deus sem acreditar
De que vale o Sol sem chover, só não me sinto só com você
Segue a vida.



Nunca compreenderei porque insisto em usar as palavras sem refletir em seus reais significados. Por que teimo em enfrentar a realidade, costurando com palavras bonitas o que já está tão esfarrapado que não aguenta sequer o peso das minhas decisões.

De que vale um amor sem o combustível da paixão? Fica estagnado, secando ao Sol como um bloco de pedra, inanimado. Parece que me arrancaram um pedaço, e ao mesmo tempo, me deram um bom motivo pra continuar sorrindo. Sim, eu realmente acreditei  que seria pra sempre. Não só acreditei, como fiz força pra que isso se tornasse minha verdade absoluta. Quem acompanhou a nossa história sabe do que estou falando. E mesmo  todo esse esforço não foi o suficiente. Será que o amor tem prazo de validade? Será que algum dia eu realmente amei alguém? Em alguma época da minha vida, compartilhei sentimento tão nobre como o amor? Ou simplesmente me acostumei a usar erroneamente as palavras? O que acontece comigo, afinal?

Um turbilhão de sentimentos, que me invade todas as manhãs. Ansiedade. Expectativa. Culpa. Desejo. Vontade de ficar perto. Vontade de que nada disso estivesse acontecendo. Vontade de ignorar  e esquecer tudo. Vontade de jogar tudo pro alto e tentar novamente. Dúvidas que permeiam a minha caminhada. São elas que me arrancam dos sonhos, da vida de ilusão que eu insisto em tentar viver. 

Só eu sei o quanto desejei não viver essa situação, o quanto almejei que dessa vez fosse diferente contigo. Mas não foi. Me convenço de que nunca vai ser, nem contigo e nem com ninguém. Isso porque procuro fora de mim o que me falta dentro.  Queria muito que fosse você e nós dois sabemos disso. Porém, o coração é aquele que, por mais que eu tente, não consigo enganar nunca.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

amanhã ou depois, tanto faz se depois for nunca mais.


A menina que tinha em si todos os sonhos do mundo, já não era mais a mesma. Na sua cabeça, o pensamento que insistia em ganhar força, gritava: 
- " A relação de vocês enfraqueceu de uma maneira apavorante! Você não tem mais forças para recuperar o que sentia por ele! Você não sabe como, nem quando isso aconteceu e nem o que fazer pra reverter essa situação, mas não dá mais pra continuar nessa aflição!" 

Então a menina foi ficando cada vez mais confusa, triste, quebrada, como se nada do que vivera até então tivesse realmente algum sentido.

No entanto, sem precisar de muito esforço, ela conseguia recordar exatamente quando tudo isso começou. Ah sim! O encanto se quebrou naquele dia, naquele fatídico dia em que inventou de mexer onde não devia (ou, afinal, merecia?) e encontrou a maior decepção da sua vida até então. Não foi a maior dor, nem a maior raiva, nem a maior tristeza. Porém, certamente, a maior decepção. A menina lembra bem do que sentiu naquele momento, e por lembrar-se tanto, acabou por nunca esquecer. Ouvira certa vez, numa história muito bonita - e como uma boa história bonita, muito triste também - que existem detalhes na vida que marcam pra sempre. E isso ela sabia muito bem! Seu castelo de areia não fora construído em fortes alicerces, mas era sustentado por esses detalhes. Assim como os sonhos da menina, que eram grandes, do tamanho do coração dos dois, e que mesmo assim um pequeno detalhe os destruiu. E depois desse detalhe letal (e por quê não profético), como num conto de fadas o encanto se quebrou, a menina voltou a gata borralheira e ele deixou de ser tudo aquilo que ela sonhava.

No início parecia um erro acreditar que ele poderia ser tudo aquilo que ela sonhava. O resto do mundo dizia não, mas a menina foi corajosa e enfrentou tudo de cabeça erguida, com o coração transbordando de amor. A vida impunha obstáculos, mas a determinação ou a teimosia da menina não permitiram que ela fraquejasse... ele já era frágil, se demostrasse fraqueza nenhum dos dois chegaria a lugar algum. A menina foi destemida, insistente, fraca quando ele já estava forte. Deixou-se levar e o conduziu junto com ela. Dizia todos os dias para o seu coração:
- "Achei! Achei! Finalmente! Quero viver tudo, quero viver agora, ontem, eternamente! Não preciso mais procurar, tenho certeza que o encontrei!"

Dia após dia, construía um pedacinho do seu castelo, e encerrava nele todos os seus medos, suas angústias, deixava esquecido lá dentro as vontades que tinha. Achava estranha a maneira como ele se comportava, mas respirava fundo e seguia em frente. Projetava o que seriam um para o outro, mesmo sem ter certeza se um dia seriam tudo aquilo de fato. Tentando deixar seus dias mais alegres, retirava os espinhos e tentava impedir que as flores murchassem. Não sabia muito sobre a vida dele, mas acreditava que isso não era o suficiente para fazê-la desistir. Tinha dúvidas, mas as deixava de lado quando percebia o quão longe fora, e o quão difícil seria voltar atrás.

A menina que tinha em si todos os sonhos do mundo nunca entendeu porque ele escolheu seguir por um caminho diferente do dela. Nunca compreendeu porque ele decidiu viver em um universo diferente daquele que os dois compartilhavam. E por não aceitar a maneira como ele destruiu o seu castelo e livrou-se das suas lembranças durante aquele trágico "detalhe", um dia resolveu fazer o mesmo. Não importava mais para a menina o que os dois foram ou o que poderiam ser um dia, importava o que eram agora. Ao refletir sobre isso, com o coração sereno, ela sabia que agora eles são como dois pedaços de papel, voando no vento da incerteza em direções opostas.

terça-feira, 29 de março de 2011

A despedida.



Esse foi um beijo de despedida que se dá uma vez só na vida.

É preciso coragem para desbravar um sonho. Muitas vezes, abrir mão das coisas mais significativas para que haja espaço para outras. Não recordo de ter encarado um olhar como aquele, mas tenho certeza de que jamais o esquecerei. Quando o ônibus partiu, passei ainda uma dúzia de minutos escorada no vidro da janela com as lágrimas tentando me afogar. Ensaiei, no fundo da alma, como seria aquele momento, e no entanto foi difícil definir a maneira certa de me comportar. Aqueles olhos magnéticos conseguem explorar a minha alma! Como então tentar encenar sentimentos que não eram os meus?

Poucas pessoas arriscariam tanto quanto nós. Talvez uma parcela mínima se sujeitaria a ter um relacionamento que começou como o nosso. Porém, são exatamente esses poucos que têm a oportunidade de amar. Eu soube que te amava no exato momento em que me afoguei nos teus olhos. Eu soube que queria passar o resto da minha vida do teu lado quando tu acolheu o meu errato e insensato coração. Podemos passar horas fazendo as coisas que ninguém faz, discutindo assuntos que ninguém se interessa, viajando para lugares que ninguém quer conhecer. Apenas nós dois.

E essa singularidade que nos define é o que torna o nosso amor tão profundo, e é ele o responsável por brotar as lágrimas que insistem em escorrer pelo meu rosto.

 "Já me acustumei com a tua voz,
Com teu rosto e teu olhar me partindo em dois
E procuro agora o que é minha metade
Quando não está aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo junto ao teu
Meu coração
É tão tosco e tão pobre
Não sabe ainda os caminhos do mundo
Quando não estás aqui
Sinto medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo junto ao meu
Vem depressa pra mim que eu não sei esperar
Já fizemos promessas de mais
Já me acostumei com a tua voz, quando estou contigo estou em paz
Quando não estás aqui
Meu espírito se perde
Voa longe, longe, longe..."